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Camiões com ajuda humanitária começaram a entrar na Faixa de Gaza

Os primeiros camiões com ajuda humanitária entraram no enclave cercado este domingo, com o início do cessar-fogo entre as forças israelitas de ocupação e a resistência palestiniana.

Créditos / @WFP

As primeiras viaturas de carga com material humanitário entraram na Faixa de Gaza pouco depois de o acordo de cessar-fogo entre as partes ter entrado em vigor, este domingo, informou Jonathan Whittall, responsável do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas nos Territórios Ocupados da Palestina.

Na sua conta de Twitter (X), Whittall disse que o cessar-fogo teve início às 11h15 e que, 15 minutos depois, entraram no enclave costeiro os primeiros camiões com abastecimentos. Explicou ainda que «os parceiros humanitários» fizeram um esforço enorme nos últimos dias para preparar a distribuição de ajuda em toda a Faixa de Gaza.

Por seu lado, Tom Fletcher, subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários, destacou a importância de garantir o acesso das pessoas mais vulneráveis a estas ajudas primordiais.

Já a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (Unrwa) afirmou este domingo ter 4000 camiões prontos para entrar em Gaza, metade dos quais com alimentos e farinha.

De acordo com os termos do acordo de cessar-fogo obtidos pela Al Mayadeen, cerca de 600 camiões com ajuda devem entrar no território diariamente. Os de hoje continham tendas, alimentos, água potável e material sanitário e higiénico para fazer frente à fome e à grave crise humanitária que Gaza atravessa.

Fontes da imprensa indicam que as autoridades egípcias colocaram em alerta os seus hospitais e equipas médicas, sobretudo no Norte da Península do Sinai, para receber feridos e doentes do enclave arrasado por 15 meses de guerra sionista de extermínio, que provocou quase 47 mil mortos registados (estima-se que haja milhares não contabilizados) e 110 750 feridos.

O acordo de cessar-fogo foi negociado com a ajuda de estados árabes que pactuam com Israel (Catar e Egipto) e o seu grande aliado no Médio Oriente, os EUA, sob a liderança da administração de Joseph Biden, agora alcunhado Genocide Joe (Joe Genocida), em virtude da cumplicidade, do apoio e da participação dos EUA na ofensiva sionista.

Numa primeira fase, de seis semanas, o acordo prevê a libertação de 33 prisioneiros israelitas em Gaza e de 1900 presos palestinianos das cadeias israelitas, bem como a retirada das forças de ocupação de partes do enclave.

Os termos da segunda e da terceira etapas serão ainda negociados, mas prevê-se que a segunda contemple o «fim definitivo da guerra» e que terceira seja dedicada à «reconstrução de Gaza», entre outros aspectos.

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