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ALBA repudia declarações «intervencionistas» de Rubio

A Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA-TCP) rejeita firmemente as declarações «intervencionistas e cheias de ódio» proferidas pelo secretário de Estado dos EUA.

Créditos / albatcp.org

As afirmações de Marco Rubio ao longo do seu périplo por vários países centro-americanos e caribenhos, nomeadamente as que foram proferidas dia 4 na Costa Rica, não passaram despercebidas ao organismo de integração regional, que emitiu um comunicado a propósito.

«Na sua ânsia de justificar a sua política intervencionista, voltou a atacar de forma provocatória Cuba, Venezuela e Nicarágua, países livres e soberanos que derrotaram décadas de agressões», denunciou a ALBA-TCP num documento publicado dia 5.

Referindo-se às «declarações intervencionistas e cheias de ódio» do secretário de Estado dos EUA e ao seu «comportamento hostil» contra a América Latina e as Caraíbas, a ALBA acusa-o de promover «anti-valores baseados no genocídio de povos originários e na exploração de migrantes».

Na terça-feira, numa conferência de imprensa em San José, ao lado do presidente da Costa Rica, Rodrigo Chaves, o líder da diplomacia norte-americana disse que «os três regimes que existem na Nicarágua, Venezuela e Cuba são inimigos da humanidade» e «criaram uma crise migratória».

Marco Rubio com o seu aliado costa-riquenho Rodrigo Chaves, a 4 de Fevereiro de 2025 / ticotimes.net

A este propósito, a ALBA-TCP afirma que o agente de Washington «pretende culpar os nossos países por uma "crise migratória" que o seu próprio governo provocou».

«Os Estados Unidos são o principal responsável pelas migrações forçadas na Nossa América, com as suas guerras económicas, bloqueios criminosos e políticas de saque», denuncia o organismo de integração, sublinhando que «o "sonho americano" é uma fábula que instrumentaliza os migrantes para depois os deportar em condições desumanas».

«Cuba, Venezuela e Nicarágua não são o problema; são vítimas de uma política agressiva que não suporta ver povos livres decidir o seu próprio destino», declara o texto.

Neste sentido, a ALBA-TCP exige o «fim imediato das agressões a Cuba, Venezuela e Nicarágua», e rejeita categoricamente «esta nova fase de extorsão contra toda a Nossa América».

Apoiando os «povos e governos destes países irmãos», o organismo sublinha que a região «não se renderá nem se deixará intimidar pelas mentiras e a manipulação».

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