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Municípios de Setúbal criticam tarifa «insuportável» da Amarsul

A Associação de Municípios da Região de Setúbal transmitiu ao Governo que a tarifa da Amarsul, de 77,04 euros por tonelada de resíduos, «é insuportável», mas poderia baixar superando ineficiências na gestão. 

Créditos / Amarsul

Uma delegação do Conselho Directivo da Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), composta pelos presidentes de câmara de Setúbal (André Martins), Seixal (Paulo Silva) e Montijo (Maria Clara Silva), reuniu-se esta segunda-feira com o secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, para apresentar as conclusões de um estudo realizado pela AMRS sobre a estrutura de custos e tarifas da Amarsul.

Num comunicado divulgado após o encontro, a AMRS afirma que a tarifa praticada pela empresa responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos urbanos dos nove municípios da Península de Setúbal, que passou de 23,72 euros em 2015 para 77,04 euros em 2024, «já é insuportável para os municípios e para os munícipes», mas o estudo realizado identifica ineficiências na gestão da empresa, «que a serem supridas poderiam ter um efeito positivo na tarifa». Neste sentido, a delegação apelou ao Governo para que verifique o cumprimento do contrato de recolha do lixo urbano, «quer no que se refere à qualidade de serviço, quer no que se refere à eficiência na gestão da empresa».

Segundo a AMRS, o secretário de Estado «terminou a reunião dando nota que infelizmente este não é um problema só colocado pelos municípios da Península de Setúbal e que a dimensão do problema exige medidas e financiamento urgente».

A associação realça que a evolução tarifária na Amarsul «não corresponde a um aumento ou melhoria da qualidade de serviço», salientando que, se não fosse o trabalho permanente dos municípios para limpar as envolventes dos ecopontos, «a situação era ainda pior». Por outro lado, critica, a empresa «não acompanha sequer o investimento que os municípios fazem, quer na monitorização da rede de ecopontos, quer na recolha porta-a-porta», facto que «contribui para uma avaliação muito negativa, por parte dos municípios, do serviço de recolha da Amarsul e para o aumento do material que vai para depósito em aterro».

O fim dos aterros foi outro aspecto desenvolvido na reunião, tendo o presidente da Câmara Municipal do Seixal alertado que a situação do aterro neste concelho «é já insuportável e que tem de se investir rapidamente em soluções que diminuam os resíduos encaminhados para esse fim».

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