O Chega entregou na Assembleia da República, esta terça-feira, uma moção de censura ao Governo por considerar que recaem sobre o primeiro-ministro, «suspeitas gravíssimas de incompatibilidade» no exercício de funções públicas, face à alegada ausência de esclarecimentos por parte de Luís Montenegro, sobre a empresa da sua família.
O Chega invoca a relação entre interesses do primeiro-ministro e alteração à lei dos solos, mas a verdade é que foi o Chega, com os seus votos, quem impediu a revogação da lei, quando o PCP propôs a cessação de vigência do diploma.
Por outro lado, esta moção assume-se como um exercício demonstrativo de uma falsa oposição, com o objectivo de desviar a atenção do atoleiro de «casos de policia» em que o Chega se encontra envolvido.
De acordo com o regimento da Assembleia da República, o debate deverá ter lugar esta sexta-feira, dia 21, considerando que deve iniciar-se no terceiro dia parlamentar subsequente à apresentação da moção de censura.
Entretanto, sem o voto favorável do PS, qualquer moção de censura tem o chumbo garantido.
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