O semanário revela que o secretário de Estado-adjunto do Tesouro e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, já homologou um parecer da Inspecção-Geral de Finanças (IGF) que propõe a revogação parcial de um despacho do anterior governo, por haver dúvidas sobre a «boa aplicação dos dinheiros públicos».
O processo reporta aos anos de 2012 e 2013, em que foram pagos cerca de 19 milhões de euros a mais à Rodoviária de Lisboa (9,9 milhões de euros), do grupo Barraqueiro, e à TST - Transportes Sul do Tejo (8,8 milhões de euros). O pagamento a estas empresas refere-se às compensações financeiras pela sua adesão ao passe social.
O semanário Expresso expõe factos que ligam este processo ao da TAP. O presidente do grupo Barraqueiro, Humberto Pedrosa, «tornou-se um dos proprietários da TAP, num processo liderado pelo então secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, um dos autores do despacho agora visado pela IGF».
Do despacho de Agosto de 2015 resultou a não previsão das compensações que a lei previa, desobrigando as empresas que receberam dinheiro a mais a devolver esses montantes.
O cálculo dos 19 milhões de euros foi avançado pela Comissão Executiva da Área Metropolitana de Lisboa. A IGF terá agido na sequência dessa denúncia.
«Os TST não servem os utentes»
Esta manhã, o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos do Montijo concentrou-se na estação dos TST para protestar contra a degradação do serviço e o custo do passe social, tendo exigido uma reunião com a administração da empresa.
Conforme noticiado esta semana pelo AbrilAbril, os utentes denunciam a supressão de carreiras e horários que, além de não serem cumpridos, estão desarticulados com horários das escolas e laborais, não existindo transporte adaptado a deficientes.
Os utentes do Montijo lamentam que o passe intermodal não esteja implementado nos TST e denunciam o elevado custo dos bilhetes e dos passes sociais.
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