Em Sintra falta pessoal nos refeitórios das escolas

Sindicatos denunciam a situação das escolas do município. Falta pessoal nos refeitórios das escolas, havendo para os trabalhadores excesso de trabalho e falta de meios.

CréditosTiago Petinga / Agência Lusa

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) e o Sindicato da Hotelaria do Sul denunciam a falta de pessoal nos refeitórios das escolas do município de Sintra, apontando como consequências a sobrecarga de trabalho e a deterioração da qualidade do serviço.

Segundo as estruturas sindicais, o problema não é novo. Mais uma vez se assinala a diminuição do número de trabalhadores nos refeitórios escolares, com a empresa que presta o serviço de apoio às cozinheiras da Câmara Municipal de Sintra, ICA, a colocar menos pessoas e com horários reduzidos. Os sindicatos acusam a empresa de assim querer obter mais lucro e a Câmara Municipal de Sintra de não tomar medidas.

«Mais uma vez se assinala a diminuição do número de trabalhadores nos refeitórios escolares, com a empresa que presta o serviço de apoio às cozinheiras da Câmara Municipal de Sintra, ICA, a colocar menos pessoas e com horários reduzidos»

O STAL, através de um ofício, já denunciou esta situação à Câmara Municipal de Sintra e à comunicação social. Obteve como resposta por parte do município que a situação estaria a ser resolvida, mas até hoje «ainda não se sentiram quaisquer efeitos», descreve um comunicado.

Os trabalhadores que prestam este serviço queixam-se de um excesso de trabalho, com centenas de refeições diárias e com poucos meios. Para além disso, é denunciado que os trabalhadores contratados para este serviço «sofrem de uma precariedade extrema», trabalhando apenas nove ou dez meses por ano, sendo despedidos durante o período das férias escolares e podendo mesmo ser «contratados para fazerem duas horas diárias, quando deveriam ter um horário completo».

As estruturas sindicais denunciam igualmente as parcas condições de trabalho que têm estes trabalhadores. Referem-se, por exemplo, à falta de utensílios básicos de cozinha, quer de confecção, quer para servir as crianças.

Os sindicatos denunciam também o défice de auxiliares de acção educativa, agravado «com uma enorme pressão para que realizem serviços que extravasam o âmbito das suas funções e para os quais não receberam formação adequada».

Tendo em conta estas questões, o STAL em conjunto com o Sindicato da Hotelaria do Sul, em representação dos trabalhadores, exigem que este serviço seja garantido na totalidade pelo serviço público, eliminando as situações de precariedade dos vínculos; que sejam abertos concursos para colmatar todas as falhas de pessoal; e que haja uma programação atempada da resposta às necessidades por forma a que os rácios de número de alunos por número de trabalhadores sejam cumpridos.
 

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