Entre os objectivos de luta está a defesa da EMEF pública e dos postos de trabalho, o apelo contra o despedimento colectivo, a reposição do Acordo de Empresa e a valorização dos salários e das condições de trabalho.
Desde o dia 24 de Outubro que os trabalhadores realizaram vigílias em frente ao Ministério do Planeamento e Infraestruturas, com diferentes temáticas relacionadas com os principais problemas dos trabalhadores e da empresa. Hoje o dia foi marcado por greves parciais precedidas de plenários de trabalhadores. Em Oeiras a adesão foi quase total, no Entroncamento foi de cerca de 70% e no distrito do Porto foi de 100% em Contumil, 95% em Guifões e de 80% na UMAV.
Reintegração da EMEF na CP
No dia 24 de Outubro o tema foi o da reintegração da EMEF na CP. Os trabalhadores afirmam que, apesar de ter sido criada com o argumento de ser uma empresa estratégica para a ferrovia e de que a sua autonomização permitiria a abertura a novos mercados, o que verificam é que, cada vez mais, tem havido uma redução da intervenção da EMEF na reparação do material circulante, com a sua substituição por empresas externas. Os trabalhadores reclamam do Governo e da Administração da CP que sejam adoptadas medidas de reposição do carácter estratégico da EMEF, defendendo a sua reintegração na CP, com uma intervenção maioritária na reparação e conversação do material circulante.
Contra o despedimento colectivo
No dia 25 de Outubro a temática foi a do despedimento colectivo. A EMEF vai iniciar um processo de despedimento colectivo dos trabalhadores contratados através de empresas de trabalho temporário, que têm ocupado as vagas existentes por impedimento de admissão de trabalhadores efectivos e, que assim, têm minorado os efeitos negativos da falta de trabalhadores na qualidade, regularidade e segurança do transporte ferroviário.
Neste contexto, as estruturas sindicais exigem do Governo a imediata contratação, como efectivos, dos trabalhadores precários que estão a ser despedidos.
Necessidade de investimento na EMEF
Os trabalhadores abordaram no dia 26 de Outubro a necessidade de investimento na EMEF. Consideram necessário inverter a actual situação de «falta de investimento, de redução cega do número de trabalhadores, de imposição de regras no funcionamento das empresas públicas que conduzem ao bloqueio da sua actividade».Os trabalhadores defendem que a EMEF tem todas as capacidades e potencialidades para se desenvolver e dar um contributo significativo para uma política de dinamização da produção nacional, não só na manutenção, mas na construção de material circulante ferroviário.
Contra a destruição das oficinas do Barreiro
Hoje foi a vez de estarem presentes no Ministério os trabalhadores das oficinas do Barreiro, chamando a atenção para o seu contexto de destruição e denunciando a opção de entregar, cada vez mais trabalhos a empresas externas, noutros estabelecimentos que acabam por laborar nas instalações da empresa, e mantendo os trabalhadores da oficina sem ocupação.
Em defesa dos seus direitos
Os trabalhadores defendem a reposição integral da contratação colectiva em vigor na empresa e que sejam dadas respostas aos seus direitos no que concerne a diuturnidades, evoluções profissionais e pagamento de trabalho extraordinário.
Ao mesmo tempo, reivindicam que seja aberto um processo de negociação colectiva para a revisão do Acordo de Empresa e melhoria dos salários, reposição de direitos e revisão da matéria referente a carreiras profissionais. Os trabalhadores estão sem actualização salarial desde 2009.
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