Greve na Valnor com adesão total na recolha de resíduos

Os trabalhadores das empresas de recolha de resíduos Valnor e Resiestrela estão hoje em greve, exigindo aumentos salariais e melhoria das condições de trabalho. Na Valnor, a paralisação regista uma elevada adesão.

Uma das exigências dos trabalhadores que hoje estão em greve no sector dos resíduos é a reversão da privatização da EGF
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A Valnor, com cerca de 150 trabalhadores, é a empresa responsável pela recolha, triagem, valorização e tratamento dos resíduos sólidos em 25 concelhos dos distritos de Castelo Branco, Santarém e Portalegre.

De acordo com uma nota do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), a greve de 24 horas, que teve início hoje à meia-noite, tem uma adesão total na recolha dos resíduos sólidos, afectando todos os concelhos.

A mesma fonte indica que, ao início da tarde, a adesão à greve na Estação de Triagem era de 100% e de 30% na Central de Valorização Orgânica; o turno da manhã contou com adesões de 50% e 18%, respectivamente.

Também na Resiestrela, empresa que faz a recolha e triagem de resíduos em 14 concelhos dos distritos da Guarda e Castelo Branco, os trabalhadores estão hoje em greve. O STAL refere que a paralisação é superior a 30%.

Principais reivindicações

As principais reivindicações dos trabalhadores são: aumento dos salários e dos subsídios de refeição e de transporte; a atribuição do subsídio de turno; seguro de saúde e de vida para todos os trabalhadores em condições iguais; respeito pela categoria profissional e pelos conteúdos funcionais dos trabalhadores; garantia de condições de saúde e segurança a todos os trabalhadores.

Com esta jornada de luta, os trabalhadores condenam «a distribuição de dividendos imposta pelo accionista privado Mota-Engil» e reafirmam «a exigência da reversão da privatização, em defesa dos serviços públicos de tratamento e valorização dos resíduos».

A Valnor e Resiestrela são unidades pertencentes à Empresa Geral de Fomento (EGF), já privatizada. O processo de privatização da EGF desenvolveu-se através de um concurso público internacional, lançado no primeiro trimestre de 2014 pelo governo do PSD e do CDS-PP, tendo ficado concluído em Julho de 2015 com a aquisição de 95% do capital (que pertencia à Águas de Portugal) pelo consórcio SUMA, que integra a Mota-Engil.

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