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Bolívia: menos pobreza e desigualdade, mais saúde e educação

No Dia do Estado Plurinacional, que o país andino celebra a 22 de Janeiro, o presidente Evo Morales apresentou um relatório que evidencia o grande crescimento, bem como os avanços sociais e económicos que a Bolívia conheceu desde que ele assumiu a presidência.

Evo Morales durante o discurso do Dia do Estado Plurinacional, na Assembleia Legislativa
Créditos / Resumen Latinoamericano

Perante o plenário da Assembleia Legislativa, Evo Morales apresentou – durante mais de quatro horas – um relatório «com números irrefutáveis» que comprovam o grande desenvolvimento alcançado pela Bolívia nos 11 anos de «processo de mudança» por ele dirigido, «ultrapassando, em todos os âmbitos, o que foi feito em 180 anos de governos republicanos», informa a Prensa Latina.

Um dos indicadores que melhor reflectem a obra da Revolução Democrática e Cultural será, porventura, a redução da pobreza extrema, que passou para menos de menos metade entre 2005 e 2015 – de 38,2% para 16,8% da população.

Morales precisou que, em 2005, a pobreza extrema em áreas urbanas era de 24,3% e nas zonas rurais era de 62,9%, números que, em 2015, desceram para 9,3% e 33,3%, respectivamente; por seu lado, a pobreza moderada passou de 60,6%, em 2005, para 38,6%, em 2016.

Referiu, ainda, o aumento do rendimento na classe média – de 13% para 32% –, bem como a diminuição da desigualdade de rendimentos entre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres: nos últimos 11 anos foi reduzida de 128 a 37 vezes.

Soberania e desenvolvimento

Nas palavras de Morales, estes dados reflectem o desenvolvimento económico do país, que se explica com a recuperação e a defesa da soberania política e económica, e, muito particularmente, com a nacionalização dos recursos naturais e das empresas estratégicas.

Estimativas de organismos internacionais confirmam este desenvolvimento do país: a Bolívia lidera o maior crescimento económico da América do Sul em 2016, com 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB), juntamente com o Paraguai, e ocupa o 4.º lugar na América Latina.

«Esta liderança regional nos últimos anos foi possível graças ao nosso modelo, à nacionalização e à recuperação de recursos naturais e empresas estratégicas, à diversificação dos produtos bolivianos e à sua exportação para 97 países», afirmou Morales, citado pela Prensa Latina.

Mais e melhor Educação e Saúde

O mandatário boliviano reafirmou que a Saúde e a Educação são direitos dos cidadãos e pilares da Revolução Boliviana, agradeceu a Cuba o apoio na Operação Milagre, que devolveu a visão a mais de 676 mil bolivianos, e destacou o trabalho abrangente de cerca de 700 membros da Brigada Médica Cubana em todo o país.

«A redução das taxas de mortalidade infantil e desnutrição crónica são importantes conquistas nesta nova Bolívia, onde são construídos 47 novos hospitais e mais de 3 mil postos de saúde», disse Morales, lembrando que, em 2001, o índice de mortalidade no país ultrapassava os 13% da população e, actualmente, é de apenas 2,8%.

Evo Morales destacou também o facto de o seu governo ter investido mais de 3 mil milhões de dólares para a qualidade de vida e o ensino em todos os níveis. «Depois de Cuba, a Bolívia é o país que mais investe para melhorar a Educação», afirmou, salientando que, no seu período de governação, foram criados 128 novos institutos tecnológicos, mesmo nos lugares mais remotos do país, equipados com tecnologia moderna.

No discurso anual à nação, em que apresentou muitas «provas» do desenvolvimento e do crescimento da Bolívia, a vários níveis, o chefe de Estado declarou: «Em 11 anos, fizemos o que outros não fizeram em 180, graças à unidade do povo boliviano».

«Podemos cometer erros, ter dificuldades; somos seres humanos; não é fácil administrar um país. Todos têm direito a observar-nos, criticar-nos, corrigir-nos, mas o mais importante é que todos pensemos na Bolívia e na forma de acabar com a pobreza», disse Morales no final, dirigindo-se ao seu povo no dia que assinala a sua tomada de posse, a 22 de Janeiro de 2006, como presidente do país, bem como o fim da República e o nascimento do Estado Plurinacional da Bolívia, a 22 de Janeiro de 2010.

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