A assembleia-geral da Caixa Económica (CE) Montepio Geral reúne-se hoje para decidir a transformação do banco mutualista em sociedade anónima, uma exigência do Banco de Portugal (BdP), concluindo um processo que começou há cerca de um ano.
Na última sexta-feira, a Montepio Geral – Associação Mutualista (AM), dona do banco mutualista, enviou uma nota explicativa sobre a transformação da CE em sociedade anónima: «O objectivo desta reunião será ultimar o processo de transformação», realçou a AM.
Santa Casa pode entrar no Montepio
Com a passagem a sociedade anónima, está aberta a entrada no capital da Caixa Económica Montepio Geral de outras entidades. Recentemente, foi noticiada a intenção de a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) em entrar no banco. O presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, na edição de hoje do Público, afasta a possibilidade de as misericórdias entrarem no capital do Montepio, pelo menos para já.
Ainda recentemente, Pedro Santana Lopes, provedor da SCML, disse que «basta o Governo dizer que gostava de ver a Santa Casa de Lisboa e outras instituições da área social [no capital do Montepio] para eu achar que pode ser uma obrigação». Sobre a questão, Manuel Lemos lembrou a diferença entre a SCML e as restantes instituições, tanto pela capacidade financeira como por depender directamente do Executivo.
Governo prepara alterações ao modelo de supervisão
Hoje, em entrevista à Rádio Renascença, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, «tem estado activo a trabalhar para assegurar uma transformação da CE em sociedade anónima», tendo em vista um novo modelo de supervisão e que o sistema financeiro disponha dos recursos de capital necessários.
Apesar de a supervisão da Caixa Económica Montepio Geral, como de qualquer banco, ser da responsabilidade do Banco de Portugal, a tutela da AM cabe ao Ministério do Trabalho. Costa revelou ainda que o Governo está a «trabalhar num novo modelo em que a supervisão da Associação Mutualista passa para o Instituto de Seguros de Portugal».
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