Trabalhadores da Auchan exigem aumentos salariais dignos


Os trabalhadores da Auchan concentraram-se esta quarta-feira em frente à sede da empresa, em Lisboa, onde reivindicaram aumentos salariais e a regulação dos horários.

Trabalhadores exigem a regulação dos horários de trabalho, de acordo com o contrato colectivo de trabalho
Créditos / União dos Sindicatos de Lisboa

Uma nota enviada pelo CESP/CGTP-IN refere as razões que levaram os trabalhadores a concentrar-se em protesto. O aumento salarial proposto pela empresa «não é para todos» e ronda os 0,20 euros por dia, facto que o sindicato considera «escandaloso» face ao nível de vida dos seus trabalhadores e aos lucros que são apresentados.

A empresa recusa aumentar os salários e o subsídio de alimentação, sendo que aos trabalhadores «com cinco, oito e mais anos de trabalho nas lojas continuam a ser pagos salários na ordem dos 580 euros, e 632 euros em topo de carreira, com 10, 20 e 30 anos de antiguidade». Os trabalhadores reivindicam um aumento mínimo de 40 euros para todos.

O Grupo Auchan também continua a discriminar do ponto de vista salarial, chegando a ser mais de 80 euros a diferença entre trabalhadores com a mesma categoria profissional e as mesmas funções.  

Acerca dos horários, o sindicato denuncia que são desregulados e «em clara violação do contrato colectivo de trabalho (CCT)», impossibilitando a conciliação entre o trabalho e a vida pessoal e trazendo graves consequências para a saúde. O problema já é reconhecido pela empresa, mas a estrutura sindical afirma que nada foi feito para o resolver.

Segundo o CCT, nas escalas (turnos) os trabalhadores têm de ter o mesmo horário de entrada e saída todos os dias da semana, quinzena ou mês; os dias de descanso (folgas) devem ser juntos e coincidir com pelo menos cinco fins de semana e 15 domingos por ano; os horários têm de ser afixados com 30 dias de antecedência e só podem ser alterados com o consentimento do trabalhador.

A acrescentar a estas situações, está ainda por solucionar a reposição do salário dos trabalhadores do Jumbo de Almada, a quem a empresa descontou ilegalmente duas horas diárias a quem fez as oito horas durante o mês de Dezembro.

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