Os trabalhadores da Petrogal/Galp decidiram realizar uma concentração e manifestação no dia 24 de Abril, em Lisboa – na administração, no Ministério do Trabalho e na Entidade Supervisora de Fundos de Pensões –, uma greve, a realizar de 6 a 10 de Maio, e uma acção de protesto junto do Ministério do Trabalho, de 6 a 10 de Maio, pelo direito à greve e em defesa da contratação colectiva.
Um comunicado da Fiequimetal/CGTP-IN informa da «ofensiva que a administração desencadeou contra os direitos dos trabalhadores», que se reflecte, entre outras coisas, na contenção dos salários, nos cortes de remunerações e diversas prestações retributivas, assim como «na tentativa de destruir os regimes de reformas e de saúde».
A federação sindical lembra que, na semana passada, foi divulgado pela comunicação social que o presidente da Comissão Executiva da Petrogal recebeu, em 2016, um montante superior a 1,6 milhões de euros em remunerações. Os outros membros da Comissão Executiva receberam um valor superior a seis milhões de euros, sendo assim no total cerca de oito milhões de euros «subtraídos à riqueza produzida pelo trabalho de milhares de trabalhadores da Petrogal».
A Fiequimetal considera que se trata de «uma das maiores infâmias, que são a ganância e a imoralidade, sem um pingo de respeito e de vergonha pelo atentado perpetrado contra os direitos e a dignidade dos trabalhadores que todos os dias trabalham para o crescimento da empresa».
Denuncia ainda «a cobertura» que os sucessivos governos têm dado à acção da administração, dando como exemplos «o ataque à destruição da contratação colectiva» e a «emissão de despachos anti-greve».
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul) também denuncia que o prémio de produtividade, que deveria ter sido pago no final do mês de Março, só foi recebido pelos trabalhadores filiados em sindicatos da UGT e pelos cerca de 250 trabalhadores não sindicalizados que subscreveram o acordo de empresa que os sindicatos da CGTP-IN não aceitaram.
Segundo o sindicato, não poderiam subscrever um acordo que, nos termos em que é proposto, significaria «carta-branca» à administração da Petrogal para decidir questões salariais e eventuais reduções de direitos adquiridos e que estavam consagrados no anterior acordo.
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