A «Marcha pelo regresso ao futuro» está nas ruas desde o passado dia 12 de Abril, sendo um protesto descentralizado, em forma de marcha, nos distritos onde existem estabelecimentos da EMEF.
Ontem decorreu a acção no Entroncamento, onde uma delegação de 50 trabalhadores se deslocou à Câmara Municipal para entregar uma moção aprovada em plenário, exigindo «medidas do poder político que garantam um investimento sério na EMEF enquanto empresa estratégica do sector empresarial do estado», informa a União dos Sindicatos de Santarém (USS/CGTP-IN). Também já se realizaram acções em Vila Real de Santo António e no Porto.
Segundo a Comissão de Trabalhadores e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF), os trabalhadores exigem o início imediato das negociações da contratação colectiva vigente na empresa, tendo em vista a valorização dos salários (sem aumentos desde 2009) e a actualização das restantes cláusulas de expressão pecuniária.
Também defendem a valorização do subsídio de turno e a negociação do regulamento de carreiras, de forma a abrir perspectivas de progressão profissional, a melhor definir as categorias profissionais e a definir as regras de evolução na carreira profissional.
O fim da precariedade, com os trabalhadores que estão com vínculo precário a serem colocados nos quadros da empresa, e o recrutamento de novos trabalhadores «para permitir o normal funcionamento da empresa», também é defendido pelos manifestantes.
Os trabalhadores continuam a reivindicar a reintegração da EMEF na CP, considerando que «acrescentará valor», não só em termos de construção de material circulante, como ao nível da manutenção do material que existe na CP e que «está muito degradado».
No dia 26 de Abril haverá ainda uma acção no Barreiro e a «Marcha» terminará no dia 28 de Abril, em Lisboa, com uma concentração dos trabalhadores, às 10h30, junto à sede da CP, com desfile para a residência oficial do primeiro-ministro.
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