Os ministros dos seis países fundadores da União Europeia – Alemanha, Bélgica, França, Itália, Holanda e Luxemburgo – estão reunidos em Berlim para discutir a resposta ao resultado do referendo em que os britânicos decidiram pela saída da União Europeia. Do encontro foram excluídos os ministros dos restantes 21 países-membro da União Europeia, para além do Reino Unido.
O ministro alemão, Frank-Walter Steinmeier, disse estar confiante que «estes países são capazes de transmitir que não deixaremos que ninguém nos tire a Europa». Se por um lado se agitam pressões nacionalistas no Reino Unido, a resposta do directório franco-alemão parece ser de afirmação de um estatuto de "donos da Europa", procurando confundir a União Europeia com o continente europeu.
Já o ministro francês insistiu num rápido avanço no processo de saída, tal como os presidentes do Parlamento, do Conselho e da Comissão Europeia já tinham feito ontem. A pressão sobre David Cameron, o primeiro-ministro britânico, para que não espere por Outubro aumenta. Cameron anunciou na manhã de sexta-feira que iria abandonar o cargo até à Conferência do Partido Conservador, que se deve realizar no mês de Outubro, por considerar não reunir as condições para conduzir o processo de saída da União Europeia.
Este procedimento, de realizar um encontro com os ministros dos seis fundadores da União Europeia, não está previsto nos tratados nem estes países têm qualquer estatuto especial por essa qualidade. A cimeira multilateral pretende preparar uma posição conjunta destes estados a levar à cimeira europeia da próxima terça-feira.
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