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Amarsul e Valorsul: a adesão à greve continua forte

O segundo dia de greve na Amarsul e Valorsul, empresas de recolha e tratamento de lixo, decorre com fortes adesões. Os trabalhadores exigem aumentos salariais, o respeito pelos direitos inscritos nos acordos de empresa e manifestam-se contra a privatização da EGF.

Trabalhadores à porta da Amarsul
Créditos / União dos Sindicatos de Setúbal

Na Amarsul, o segundo dia de greve começou com 98% de adesão, com a empresa completamente parada e sem movimentação de viaturas para depósito no aterro ou para a recolha selectiva, informou o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN). O segundo turno contou com uma adesão de 90%, com a empresa parada, sem depósito em aterro e sem sair nenhum carro de recolha selectiva.

Na Valorsul, a greve foi retomada com uma forte adesão, informou o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autónomas (SITE CSRA/CGTP-IN), estando apenas com serviços mínimos as duas instalações com laboração contínua: a central de tratamento de resíduos sólidos urbanos, em São João da Talha (Loures), e o aterro do Mato da Cruz (Vila Franca de Xira). No aterro sanitário do Cadaval, 50% das viaturas de recolha não saíram e a triagem está parada.

O SITE Sul e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL/CGTP-IN) informam que os trabalhadores da Amarsul lutam pelo aumento dos salários e cláusulas de expressão pecuniária, pelo respeito e a aplicação integral da contratação colectiva existente, por categorias profissionais ajustadas à função de cada trabalhador e constantes do acordo de empresa, assim como por melhores condições de segurança e saúde no trabalho. Lutam ainda contra o trabalho precário, para que a cada posto de trabalho permanente corresponda um trabalhador efectivo.

A greve na Valorsul tem como objectivo «exigir da administração a publicação integral do acordo de empresa, dado que tem sido uma prática que se tem verificado em anos anteriores e que agora a administração não pretende retomar», afirma o SITE CSRA.

Os trabalhadores da Valorsul exigem ainda que «a administração cumpra o actual acordo em vigor, dado que nos últimos tempos tem vindo a pôr em causa alguns direitos nele consagrados».

Em Julho de 2015, a Amarsul e a Valorsul, sobre acção do anterior governo do PSD e do CDS-PP, passaram a integrar o grupo Mota-Engil, por via da compra da Empresa Geral de Fomento (EGF), detentora de 51% do capital social da Amarsul e de 53% da Valorsul.

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