A adesão no segundo turno, esta manhã, ronda os 95%, de acordo com informações do Sindicato dos Trabalhadores da Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE-Sul).
Os trabalhadores da Amarsul exigem aumentos salariais e repudiam a distribuição de mais de 5 milhões de euros em dividendos aos accionistas privados da empresa. Estes lucros foram acumulados num período anterior à privatização da empresa, numa altura em que ainda estava na esfera pública.
O desrespeito da administração da Amarsul pelo Acordo de Empresa e as condições de segurança e saúde no trabalho são outras das razões que levam os trabalhadores a cumprir 24 horas de greve. Exigem ainda o aumento dos subsídios de refeição e de transporte, a atribuição do subsídio de turno, um seguro de saúde e de vida para todos os trabalhadores em condições iguais e respeito pela categoria profissional e pelos conteúdos funcionais dos trabalhadores.
O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, e a deputada do PCP Paula Santos estiveram junto do piquete de greve na central de tratamento da Moita, em solidariedade com os trabalhadores em greve.
Trabalhadores dos resíduos contestam apropriação dos lucros pela Mota-Engil
Na última semana foram os trabalhadores da Valorsul, que opera na Margem Norte, a realizar uma greve de 32 horas. O protesto afectou a recolha do lixo em mais de uma dezena de concelhos e teve uma adesão de 100% nas unidades operacionais, informou Mário Matos, da comissão sindical da empresa.
A Amarsul e a Valorsul são unidades pertencentes à Empresa Geral de Fomento (EGF), já privatizada. O processo de privatização da EGF desenvolveu-se através de um concurso público internacional, lançado no primeiro trimestre de 2014 pelo governo do PSD e do CDS-PP, tendo ficado concluído em Julho de 2015 com a aquisição de 95% do capital (que pertencia à Águas de Portugal) por parte do consórcio SUMA, que integra a Mota-Engil.
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