À saída da reunião do Conselho Europeu, o primeiro-ministro português afirmou-se satisfeito com «o reconhecimento que o Reino Unido será um parceiro fundamental da União Europeia (UE)» e com a postura «amigável» dos 27 chefes de Estado e de Governo.
António Costa considera que é necessário «recentrar a nossa agenda naquilo que é essencial, como o combate ao terrorismo e o desemprego». Lembrando que o Reino Unido continua a ser membro de pleno direito da UE, Costa vê «novas oportunidades», Costa garantiu que a «salvaguarda dos direitos e a protecção da comunidade portuguesa que vive no Reino Unido» é prioritária para o Governo português.
«Não há mercado único à la carte»
No final do encontro, os presidentes da Comissão e do Conselho Europeu apontaram baterias ao Reino Unido. Depois das pressões para acelerar o processo de saída da UE, os responsáveis dizem que não há conversas sobre uma futura relação enquanto os britânicos não iniciarem esse processo. «Não há mercado único à la carte», foi a formulação utilizada por Jean-Claude Juncker.
Num momento em que, em vários países da União Europeia aumentam as denúncias e as contradições internas, a União Europeia procura passar uma mensagem de força e assim transformar a decisão do povo britânico numa vacina para todos os críticos do processo de integração europeia.
A par da posição alemã, noticiada hoje, os líderes das instituições europeias apostam no aprofundamento do processo de integração europeu.
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