«Caminhamos para uma nova era, que terá novamente como protagonista o povo da Venezuela», disse ontem o chefe de Estado venezuelano perante as centenas de milhares de pessoas que se juntaram na Avenida Bolívar, no acto de encerramento da campanha dos candidatos da ANC.
No próximo domingo, 19,4 milhões de venezuelanos vão eleger 537 dos 545 constituintes – 173 sectoriais e 364 territoriais –, num processo que visa fortalecer a Constituição Bolivariana e blindar os direitos conquistados nos últimos anos. Os restantes oito serão eleitos no dia 1 de Agosto pelos povos indígenas do país, informa a AVN.
Para continuar a fazer história no país, o povo venezuelano deve assumir, de forma consciente e com liderança, o poder na ANC, precisou Maduro, sublinhando que nunca aspirou a nenhum cargo: «A minha única aspiração é a felicidade da pátria».
Maduro reafirmou que, com a ANC, as conquistas sociais ficarão asseguradas na Carta Magna do país e referiu que a Constituinte permitirá avançar em direcção a «uma nova dinâmica de produção, necessária para ultrapassar o rentismo do petróleo».
«Acabou-se a sabotagem económica e, com a Constituinte, vamos derrotar, definitivamente, a guerra económica», disse, antes de pedir a todos que, no domingo, «em paz», acorram aos locais de voto, «uma avalanche de povo que bata todos os recordes eleitorais do país em 18 anos».
Voto anti-imperialista
O presidente da República Bolivariana da Venezuela destacou que, este domingo, «o povo consciente irá defender a soberania nacional ao votar contra o imperialismo e os seus interesses sobre a pátria de Bolívar», acrescentando que «só o povo, em consciência e com o seu voto, decidirá o destino do país», indica a AVN.
Salientando que a Venezuela é um país livre e independente, com dignidade e moral para se fazer respeitar no mundo, disse ainda: «No dia 30 de Julho, o povo vai dar uma lição ao imperialismo e aos governos estrangeiros de votos em riste.»
Diálogo em prol da paz
No comício, Maduro propôs a sectores da oposição «a criação de uma mesa de entendimento e paz», antes da realização da ANC.
«Proponho à oposição política venezuelana que abandone a via da insurreição, que regresse à Constituição e que, nas próximas horas, antes da Assembleia Nacional Constituinte, criemos uma mesa de diálogo, de acordo nacional e reconciliação da pátria. Uma mesa nacional de entendimento para falar dos grandes temas do país», disse o chefe de Estado.
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