Aurélio Santos, nascido em Vilar de Torpim, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo (Guarda), em 1930, integrou o movimento estudantil, na Faculdade de Medicina de Lisboa (cujo curso frenquentou até ao 4.º ano), e o Movimento de Unidade Democrática (MUD) Juvenil na década de 50, aderindo ao PCP em 1955, já depois de ter sido preso, após chefiar a delegação portuguesa que, clandestinamente, participou no Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes e no Congresso Mundial da Juventude, que se realizaram em Bucareste (Roménia) em 1953.
Dois anos após o ingresso nas fileiras comunistas, passou à clandestinidade e, a partir de 1963, dirigiu a Rádio Portugal Livre até à Revolução de Abril.
Foi chefe de gabinete de Álvaro Cunhal no primeiro governo provisório e fez parte da comissão de programas da RTP, entre 1974 e 1975, e do Conselho de Imprensa, eleito pela Assembleia da República, entre 1977 e 1979.
Enquanto dirigente do PCP, foi responsável por várias organizações e frentes de trabalho, designadamente pela secção internacional, entre 1974 e 1975, «tendo dado uma valiosa contribuição para divulgar a Revolução Portuguesa no estrangeiro e para o desenvolvimento das relações de amizade do PCP com partidos comunistas e outras forças revolucionárias e progressistas de todo o mundo», refere a nota do Secretariado do Comité Central do PCP.
Integrou o Comité Central e a Comissão Central de Controlo do PCP, entre 1965 e 2004, e entre 1996 e 2008, respectivamente. Foi ainda mandatário da candidatura protagonizada por Jerónimo de Sousa à Presidência da República em 1996 e foi membro do Conselho Directivo da União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP).
«À sua família, em particular às suas filhas, o Secretariado do Comité Central endereça as mais sentidas condolências», refere a nota. O funeral sairá da Igreja de São Francisco da Assis, em Lisboa, às 16h45, em direcção ao cemitério do Alto de São João , onde o corpo será cremado.
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