As críticas de Ashrawi surgem na sequência de notícias veiculadas pela imprensa israelita no passado dia 8, de acordo com as quais o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se prepara para aprovar a construção de 3829 casas nos colonatos – cumprindo dessa forma uma promessa que teria feito a líderes dos colonos em Setembro, revela o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), com base na agência Ma'an.
«Israel está claramente determinado a reforçar a ocupação militar e a colonização ilegal, reafirmando as suas intenções de desalojar a Palestina e de a substituir pelo "Grande Israel"», disse Ashrawi à margem de um encontro, esta segunda-feira, com a representante norueguesa para a Palestina, Hilde Haraldstad. Destacou ainda o facto de serem concedidas autorizações para colonatos onde há anos não há construção.
Entre as unidades a aprovar contam-se 300 no colonato de Beit, na região de Ramallah; 206 no colonato de Tekoa e 158 em Kfar Etzion, ambos a sul de Belém; 129 no colonato de Avne Hefez, na região de Tulkarem; 102 em Negohot, nas colinas a sul de Hebron; 97 no colonato de Rehelim, na região de Nablus; 48 no colonato de Ma'ale Mikhmas, na zona de Ramallah; e 30 num colonato não especificado na região de Hebron.
Desde a ocupação da Margem Ocidental, incluindo Jerusalém Oriental, em 1967, entre 500 mil e 600 mil israelitas instalaram-se em colonatos israelitas em território palestiniano ocupado. De acordo com o direito internacional, todos os colonatos são ilegais, e tal foi reafirmado em Dezembro último na resolução 2334 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Entretanto, o grupo israelita de defesa dos direitos humanos B'Tselem revelou que, em 2016, se verificou o número mais elevado de demolições na Palestina, levadas a efeito pelas autoridades israelitas, desde que o grupo começou a registar estas ocorrências.
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