Segundo declarações de Jacinto Anacleto, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM/CGTP-IN), à Lusa, citadas pelo Dinheiro Vivo, ao fim da manhã a adesão à greve dos trabalhadores da Somincor estava a ser «forte», com a extracção e a produção na mina de Neves-Corvo, em Castro Verde, distrito de Beja, «completamente paradas».
Depois da greve realizada de 3 a 7 de Outubro, que contou com uma forte adesão, a administração da Somincor (do grupo canadiano Lundin Mining), concessionária da mina de Neves-Corvo, continuou intransigente perante as reivindicações dos trabalhadores, pelo que estes decidiram convocar a greve que se iniciou hoje às 6h e que se estende até às 6h do dia 11 de Novembro.
Um comunicado do sindicato informa que os trabalhadores reivindicam o fim da laboração contínua no fundo da mina e a implementação de horários humanizados, de segunda a sexta-feira; a antecipação da idade da reforma dos trabalhadores adstritos às lavarias, pastefill, backfill e central de betão; a reparação das discriminações aos trabalhadores que rejeitaram a laboração contínua, com a atribuição da progressão da sua carreira profissional e «demais direitos que lhes foram sonegados»; a progressão nas carreiras, «justa e adequada»; a justiça na atribuição dos prémios; e o fim da pressão e repressão sobre os trabalhadores.
Luta estende-se às Minas de Aljustrel
O STIM divulgou, através de uma nota enviada às redacções, que, «na sequência da luta em desenvolvimento na Somincor/Lundin Mining», os trabalhadores das Minas de Aljustrel «decidiram marcar greve entre as 6h do dia 22 e as 8h30 do dia 26 de Novembro de 2017».
Trata-se de trabalhadores das empresas Almina, Minas do Alentejo, Empresa de Perfuração e Desenvolvimento Mineiro e Urmáquinas, que estão a laborar nas Minas de Aljustrel, no distrito de Beja.
Estes trabalhadores estão em luta pela «melhoria dos salários e demais matérias de expressão pecuniária», pela «melhoria das condições de saúde e segurança no trabalho», pela «humanização dos horários de trabalho na lavaria» e pela «normalização das relações de trabalho na empresa, contra a repressão sobre os trabalhadores». Protestam ainda «pelo direito à negociação e pelo reconhecimento do sindicato representativo dos trabalhadores».
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