Depois das greves realizadas de 3 a 7 de Outubro e de 6 a 11 de Novembro, com deslocação ao Ministério do Trabalho no dia 10 de Novembro, os trabalhadores da Somincor estão dispostos a continuar a luta.
Num comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM/CGTP-IN) dá conta de que «a administração da empresa continua a fazer de conta que não entende a natureza do conflito», tendo apresentado até ao momento «propostas que não abrangem a totalidade dos trabalhadores em luta e que são, claramente, insuficientes».
Conforme a deliberação tomada no plenário de trabalhadores, e tendo em conta a «posição recuada da administração», o STIM emitiu um novo pré-aviso de greve, das 6h do dia 18 de Dezembro até às 6h do dia 23 de Dezembro, lembrando que, até lá, «a administração tem todas as condições para a evitar».
Os trabalhadores reivindicam o fim da laboração contínua no fundo da mina e a implementação de horários humanizados, de segunda a sexta-feira, assim como a antecipação da idade da reforma dos trabalhadores adstritos às lavarias, pastefill, backfill e central de betão. Em causa estava uma proposta da administração de uma jornada de 10h42 no fundo da mina.
É ainda reivindicada a reparação das discriminações aos trabalhadores que rejeitaram a laboração contínua, com a atribuição da progressão da sua carreira profissional e «demais direitos que lhes foram sonegados», uma «justa e adequada» progressão nas carreiras, a justiça na atribuição dos prémios e o fim da pressão e repressão sobre os trabalhadores.
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