O anúncio foi feito pelo secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, numa conferência de imprensa após a reunião do Conselho Nacional da Intersindical.
Arménio Carlos reconheceu que o Orçamento do Estado para 2018 dá respostas «a algumas áreas sociais», mas considerou que era possível ao Governo «ter ido muito mais longe» nos direitos dos trabalhadores.
«Estando o Governo a meio do seu mandato, o ano de 2018 vai ser determinante porque é preciso que o Governo faça o que não fez», afirmou o secretário-geral da CGTP-IN, referindo-se a «questões relacionadas com a legislação laboral».
Segundo disse, «o descontentamento dos trabalhadores é cada vez mais evidente» uma vez que «foram criadas expectativas que estão a ser frustradas».
O dirigente da intersindical lembrou que, segundo os dados oficiais, até Outubro deste ano foram entregues 513 pré-avisos de greve, enquanto em todo o ano de 2016 registaram-se 488 paralisações, sobretudo no sector privado.
Segundo Arménio Carlos, o Conselho Nacional da CGTP-IN decidiu assim marcar um «grande plenário de sindicatos para o dia 12 de Janeiro» onde as posições da intersindical serão discutidas entre «centenas de dirigentes e delegados sindicais», com vista à «dinamização da acção» sobretudo nos locais de trabalho.
Na resolução aprovada, apela-se a que as organizações sindicais «intensifiquem a luta pelas reivindicações dos trabalhadores», entre as quais o aumento dos salários em pelo menos 4% e a fixação do salário mínimo em 600 euros a partir de 1 de Janeiro.
A intersindical reclama ainda «a revogação das normas gravosas» da legislação laboral, nomeadamente a reposição das anteriores regras do despedimento e das indemnizações, e que o Governo «passe da teoria à prática» no combate à precariedade.
«O Conselho Nacional da CGTP-IN exorta todo o movimento sindical para que, no imediato, se inicie a discussão sobre a participação dos trabalhadores em todas as acções de 2018», lê-se na resolução.
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