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Trabalhadores da Somincor confirmam que partem para greve

Os trabalhadores da mina de Neves-Corvo decidiram reformular os dias da greve marcada para este mês. Depois de declarações da administração, o sindicato lembra «que não houve e não há nenhum acordo», uma vez que os trabalhadores consideram que não estão satisfeitas «as suas justas e legítimas reivindicações».

CréditosNuno Veiga / Agência LUSA

Um comunicado do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM/CGTP-IN) informa que, «após audição dos trabalhadores de vários sectores da empresa», foram reformuladas as datas da próxima greve, que já tinha sido perspectivada num plenário caso a administração não respondesse às suas reivindicações.

A greve está convocada para três períodos de 24 horas, a começar às 6h dos dias 22, 27 e 29 de Dezembro.

A estrutura sindical afirma ainda, perante «várias imprecisões e incorrecções» de um comunicado da administração da empresa pertencente ao grupo canadiano Lundin Mining e concessionária da mina de Neves-Corvo (Castro Verde), que «esta greve não é do sindicato», mas sim «de todos os trabalhadores da Somincor».

Reiterando que «não há nenhum acordo», o sindicato esclarece que a administração, «para além de insistir apenas numa possibilidade de horários de trabalho para o fundo da mina, apresenta condições insuficientes para acordo», para além de ignorar e desprezar as reivindicações de reposição de justiça nas progressões profissionais e «as reivindicações dos trabalhadores do pastefill, backfill, central de betão, borrachas e outros».

A empresa tem «todas as condições» para resolver o conflito

O comunicado lembra ainda que a administração, durante os meses em que o conflito assumiu a expressão de greve (realizada de 3 a 7 de Outubro e de 6 a 11 de Novembro), «teve todas as possibilidades e oportunidades para apresentar propostas que correspondam às reivindicações dos trabalhadores», sublinhando que dispõe de todas as condições para a resolução do conflito até à data da próxima greve.

Os trabalhadores reivindicam o fim da laboração contínua no fundo da mina e a implementação de horários humanizados, de segunda a sexta-feira, assim como a antecipação da idade da reforma dos trabalhadores adstritos às lavarias, pastefill, backfill e central de betão. Em causa estava uma proposta da administração de uma jornada de 10h42 no fundo da mina.

É ainda reivindicada a reparação das discriminações aos trabalhadores que rejeitaram a laboração contínua, com a atribuição da progressão da sua carreira profissional e «demais direitos que lhes foram sonegados», uma «justa e adequada» progressão nas carreiras, a justiça na atribuição dos prémios e o fim da pressão e repressão sobre os trabalhadores.

 

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