|Câmara Municipal de Lisboa

BE deixa passar Taxa Municipal de Protecção Civil

Apesar de na campanha eleitoral para as autárquicas ter defendido a extinção da Taxa Municipal de Protecção Civil, na reunião da Câmara de Lisboa, esta quinta-feira, o vereador do BE impediu a sua revogação. 

O vereador, Ricardo Robles , acompanhado pela presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Helena Roseta, durante a tomada de posse dos órgãos autárquicos de Lisboa, 26 de Outubro de 2017
CréditosMário Cruz / Agência Lusa

Foram três as propostas rejeitadas pelo PS e pelo BE para a revogação da Taxa Municipal de Protecção Civil (TMPC), apresentadas ontem pelo PCP, CDS-PP e PSD. 

Apesar de o PS contar com oito dos 17 vereadores, o facto de o eleito do BE, Ricardo Robles, ter decidido abster-se deu a Fernando Medina a possibilidade de inviabilizar a revogação da taxa que impôs aos lisboetas. 

No final da reunião, o eleito do PCP, João Ferreira, alertava que, «em Outubro, a perda da maioria absoluta do PS criou as condições para reparar esta injustiça»Para que tal acontecesse, «bastava que todos os partidos fossem coerentes agora com o que então afirmaram». 

A ideia foi corroborada por Assunção Cristas que, em declarações à Lusa, utilizou a palavra «cambalhota» para se referir à votação de Ricardo Robles. «Hoje fez uma cambalhota, e mudou de posição», deixando perceber que está «muito condicionado pelo acordo» negociado com o PS. 

Na mesma reunião, o PSD apresentou também uma proposta que incluía a duplicação da Taxa Municipal Turística, tendo sido rejeitada com os votos contra do PS e do PCP, e a abstenção do BE.

O eleito social-democrata teceu igualmente críticas ao vereador Robles, afirmando que «não foi consistente com o que disse na campanha» e que «os lisboetas vão pagar Taxa de Protecção Civil em 2018 devido ao BE» que, admite João Pedro Costa, «ficou rendido ao poder».

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