Arnaut foi ministro nos governos de Durão Barroso e de Santana Lopes, antes de participar, através do seu escritório de advogados, em todos os processos de privatização do anterior governo: seja na assessoria ao Estado, seja a privados.
Acabou por ser recrutado para os órgãos sociais de várias das empreas que ajudou a entregar, como a REN e a ANA, de que era, até agora, presidente da assembleia-geral, ou pelas empresas compradoras – como a Goldman Sachs, que ficou com 5% dos CTT, ou a Vinci, a quem foi entregue a concessionária dos aeoroportos nacionais.
Para além destas ligações, é presidente das assembleias gerais de empresas dos grupos Unicer e Siemens, da Associação de Amizade Portugal-Catar, e participa em organizações patrocinadas pela família real daquele país.
Em 2017, foi convidado por Durão Barroso para a ultra-selecta reunião de Bilderberg, na Virgínia (EUA), juntamente com líderes das maiores empresas do mundo, governantes de vários países, responsáveis de bancos centrais, de estruturas militares ou de agências de espionagem.
Desde 2011 que é presidente da Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol, depois de ter assumido a tutela do Desporto no governo de Durão Barroso.
Dentro do PSD, exerceu cargos de direcção de forma ininterrupta entre 1996 e 2010, antes de se dedicar aos negócios. A sua influência não desapareceu com o anterior governo, quando deixou de exercer o mandato de deputado, como testemunham as suas intervenções nos processos de privatização.
José Luís Arnaut vai agora assumir a presidência do conselho de administração da ANA, que gere dez aeroportos em Portugal, sem funções executivas.
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