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Prestadores de saúde privados dependem de dinheiros públicos para funcionarem

Hospitais privados: 51% das receitas vêm do Estado

Mais de metade das receitas dos hospitais privados saíram dos cofres públicos, no último ano do anterior governo. Contas do Negócios confirmam dependência acentuada do Estado, ao mesmo tempo que eram impostos cortes no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A José de Mello Saúde recebeu 258 milhões de euros do Estado pelos contratos de gestão dos hospitais de Braga e Vila Franca de Xira em 2016
CréditosAndre Kosters / Agência LUSA

Os dados publicados na edição de hoje do Jornal de Negócios confirmam a dependência económica e financeira dos prestadores de Saúde privados do Estado: 51% das receitas têm origem nos cofres públicos, particularmente no SNS e na ADSE.

A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) tem vindo a contestar a revisão da tabela de preços da ADSE, que deverá entrar em vigor em Março. O presidente da APHP, Óscar Gaspar (secretário de Estado da Saúde, entre 2009 e 2011, e ex-dirigente do PS), deu voz a essa contestação, ameaçando com represálias por parte do sector dirigidas ao sub-sistema de saúde dos trabalhadores da Administração Pública.

O peso do financiamento público nos privados é ainda superior nas unidades residenciais de cuidados continuados e nos prestadores auxiliares (laboratórios, transporte de doentes), com 66% e 71%, respectivamente.

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