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Governo do PSD e do CDS-PP abriu um buraco de quase 70 mil funcionários na Administração Pública

Sangria de trabalhadores ainda faz mossa

Desde 2011, quase 60 mil trabalhadores deixaram a Administração Pública, particularmente na Educação, nas Forças Armadas e nas autarquias. Ligeira recuperação desde 2015 está longe de repor efectivos.

Créditos / Frente Comum

Haviam menos 58 080 trabalhadores na Administração Pública no final de 2017, comparativamente com o final de 2011 – período em que entrou em funções o anterior governo do PSD e do CDS-PP, após a assinatura do acordo com a troika estrangeira (também pelo PS). Os números foram divulgados agora pela Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), na sua síntese estatística.

Apesar de uma ligeira recuperação do número de efectivos nos últimos dois anos – desde o afastamento do PSD e do CDS-PP da governação –, com uma subida de 10 602, as carências permanecem bastante expressivas.

A Educação foi o sector que mais sofreu com os cortes de efectivos pelo anterior executivo (mais de 24 mil). Apesar da contratação de cerca de mais 5 mil educadores e professores desde 2015, há menos 18 mil funcionários no Ministério da Educação do que no final de 2011 – o que incluiu outros profissionais, como assistentes técnicos e operacionais das escolas, cuja redução também foi substancial.

Também as autarquias locais sofreram bastante com o governo do PSD e do CDS-PP: perderam mais de 11 mil trabalhadores em quatro anos, particularmente as câmaras municipais. Apesar da recuperação de quase 2 mil efectivos, essencialmente já no último ano, estas continuam a ter menos 8% de trabalhadores nos seus quadros.

Há sectores ainda em perda

Além da Educação e das autarquias locais, há sectores da Administração Pública em que não houve qualquer recuperação nos últimos dois anos, mantendo-se ou agravando-se a dimensão dos cortes impostos pelo PSD e pelo CDS-PP.

É o caso das Forças Armadas e das forças de segurança. À excepção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e da Guarda Prisional, em que as perdas já foram repostas, os efectivos da Polícia Judiciárias, da Polícia de Segurança Pública e da Guarda Nacional Republicana caíram significativamente. Desde o final de 2011, são mais de 2 mil as saídas que não foram repostas. No caso das Forças Armadas, estas já ultrapassam as 7 mil.

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