A última acção da campanha «Ano Novo, os problemas do costume: 30 carruagens paradas, 30 dias de luta», vai realizar-se esta tarde, pelas 17h, na saída do Metro do Marquês de Pombal, junto ao Banco do Brasil, com intervenções da Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Lisboa (CUTL), da União dos Sindicatos de Lisboa e da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN).
As três entidades subscrevem o abaixo-assinado «Contra a degradação do Metro de Lisboa – Por um transporte público de Qualidade», que foi apresentado aos utentes na rua, durante a acção que hoje termina.
Em declarações ao AbrilAbril, Cecília Sales, da CUTL, afirma que o documento, que nas últimas quatro semanas reuniu cerca de duas mil assinaturas, será entregue em meados de Março no Ministério do Ambiente. «As pessoas estão a assinar e estão completamente zangadas», explica a representante dos utentes, realçando que, «mesmo quem não anda todos os dias no Metro, assinou porque conhece a degradação do serviço».
«Notamos um grande descontentamento. De 20 carruagens paradas passaram para 30, isto significa que o serviço piorou consideravelmente e, nos últimos anos, o Governo não tem adiantado nada», acrescenta Cecília Sales.
A representante dos utentes explica que, «no Orçamento do Estado para este ano, dos 30 milhões que o primeiro-ministro prometeu em investimento no ano passado, inscreveu-se pouco mais de um milhão, portanto isto não dá nada». Inclusivamente, sublinha, «o Metro agora recorreu a trabalho temporário para ultrapassar esta
questão».
Além dos atrasos e avarias constantes, a degradação do serviço passa também pela falta de limpeza e de pessoal nas estações. «O próprio presidente da administração, quando nos recebeu em Novembro, disse para não pensarmos no apoio nas estações porque não ia haver trabalhadores suficientes», critica Cecília Sales, realçando que, nalgumas estações, como por exemplo na estação dos Olivais, à 1h da manhã, nem trabalhadores do Metro nem seguranças».
«Sabemos que isto é uma opção política. A degradação foi muito grande com os anteriores governos, mas já era tempo de inverter a situação e as decisões têm que ser tomadas com urgência», conclui.
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