De acordo com a edição de hoje do Diário de Notícias, o salário médio líquido no sector no ano passado foi de 632 euros, apenas mais 45 (7,7%) do que 2011. Os dados do Instituto Nacional de Estatística mostram que, em média, estes trabalhadores perderam salário real nos últimos anos, já que a inflação acumulada foi bastante superior (mais de 9%).
Se os salários estiveram praticamente congelados nos últimos anos, o mesmo não se pode dizer dos cofres dos patrões. Em receitas, os operadores turísticos encaixaram mais de 12 mil milhões de euros em 2017, um crescimento de 19%. Se esta realidade tivesse sido reflectida nos salários, estaríamos a falar de um valor médio de 752 euros mensais.
A associação patronal defende-se com um curioso argumento: na verdade pagam mais, só não é no salário. Em declarações ao DN, o presidente da CTP lembra vários subsídios a que estes trabalhadores têm direito, mas esquece que esse direito resulta da exigência das funções que cumprem: trabalho nocturno, ao fim-de-semana, por turnos. O patronato, sem conseguir esmagar ainda mais os direitos destes trabalhadores, aposta em cortar nos salários que paga.
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