|Contestação laboral

Trabalhadoras do Hotel Marriott rechaçam reduções salariais

Cerca de 30 trabalhadoras que laboram no Hotel Marriott, em Lisboa, estiveram concentradas na última quinta-feira junto ao hotel. Confrontadas com um novo contrato e com pressões para assinarem, estas decidiram deixar o serviço e sair para a rua em protesto.

Sindicato afirma que prestam uma necessidade permanente no hotel, «logo cabe a este a responsabilidade dos contratos»
Créditos / Booking.com

O episódio sucedeu-se no dia 22 de Fevereiro, de acordo com uma nota divulgada esta semana pelo Sindicato de Hotelaria do Sul (CGTP-IN).

Durante a manhã, dezenas de trabalhadoras do Hotel Marriott, subcontratadas pela empresa de trabalho temporário Talenter, foram confrontadas com a imposição de um novo contratato de trabalho. Este previa uma redução significativa do seu vencimento líquido, ficando proibidas de entrar por recusarem assinar.

Em resposta, as trabalhadoras concentraram-se junto ao hotel em protesto, que contou com a presença solidária de Rita Rato, deputada do PCP na Assembleia da República. A seguir ao almoço, as trabalhadoras decidiram voltar ao serviço, após terem recebido garantias da administração do hotel que ia intervir.

Noutras situações, o Hotel Marriott «geralmente assobiava para o lado». Porém, o protesto determinado e repentino das trabalhadoras obrigou-o a rever a sua posição, afirma o sindicato, «garantindo a manutenção dos direitos e salários».

Segundo o sindicato, as várias trabalhadoras têm cinco, dez e 16 anos de casa a laborar no hotel, sempre subcontratadas pela Talenter, empresa que tem «um longo historial de irregularidades e de exploração (...), que nem os descontos legais (IRS e Segurança Social) faz correctamente».

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