As iniciativas, que tiveram a participação de milhares de estudantes de mais de 20 escolas, partiram de um apelo lançado pela Associação de Estudantes Carlos Amarante, em Braga, para que a semana que antecedeu o 24 de Março fosse marcada pelas exigências dos estudantes, «por uma escola pública, democrática e de qualidade, a escola a que tanto temos direito». O documento que denunciava vários problemas sentidos nas escolas do Ensino Básico e Secundário foi subscrito por dezenas de outra estruturas.
Os estudantes alertam para as consequências dos «cortes na educação (que ainda não foram revertidos)», sublinhando os problemas que se mantêm: falta de funcionários e professores, desinvestimento na acção social escolar e mesmo a falta de recursos para o funcionamento corrente das escolas, provocando carências ao nível do aquecimento ou até do papel higiénico.
A conclusão das obras que foram suspensas em 2011, em várias escolas do país, como a António Arroio (Lisboa), foi outra das razões que levaram os estudantes a sair à rua. Há ainda vários estabelecimentos em situações de degradação avançada, com tectos a cair e a chuva a entrar nas instalações, entre outras situações, como nas escolas secundárias Camões e José Gomes Ferreira, em Lisboa.
A acção reivindicativa dos estudantes do Ensino Básico e Secundário tem sido marcada pelas dificuldades impostas por via legal ou por acções repressivas por parte das direcções das instituições. Na última semana, essas atitudes repetiram-se nas escolas Mestre Martins Correia (Golegã, Santarém) e de São João da Talha (Loures, Lisboa), onde as direcções chamaram a polícia face às iniciativas marcadas pelos estudantes.
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