Numa entrevista concedida esta quarta-feira à noite à TV estatal síria, a assessora política e mediática de Bashar al-Assad disse que a libertação de Ghouta Oriental mostra que o Exército sírio é capaz de vencer em todas as frentes da luta antiterrorista.
Neste sentido, reafirmou que o Exército irá varrer «o terrorismo de todo o território sírio». «[A província de] Idlib, tal como Alepo, Deir ez-Zor, Ghouta Oriental, Daraa e todas as outras cidades sírias, também regressará ao controlo do Estado sírio», salientou.
Por outro lado, deixou expressa a disposição das autoridades sírias para prosseguir com o processo de reconciliação nacional, que permite a combatentes da oposição entregar as armas e integrar-se na sociedade.
Importância do triunfo em Ghouta
Bothaina Shaaban destacou a importância do triunfo do Estado sírio no subúrbio damasceno. Mais ainda num contexto em que, tal como aconteceu em Alepo em 2016, a imprensa ocidental se empenhou na «distorção» daquilo que ali se passava.
«Aquilo que aconteceu antes da libertação de Ghouta é muito semelhante àquilo que ocorreu antes da libertação de Alepo, na medida em que a imprensa ocidental começou a fabricar notícias, de acordo com as quais os habitantes de Ghouta passavam fome e sofriam» as consequências destrutivas do cerco movido pelo Exército aos terroristas, disse Shaaban, citada pela agência SANA.
No entanto, sublinhou a conselheira presidencial, «essa comunicação social não estava interessada nos habitantes de Ghouta mas, sim, em proteger os seus instrumentos, os seus gangues e organizações terroristas».
Lidar com as sequelas do terrorismo
Os problemas sociais decorrentes da «humilhação» a que foram sujeitos os habitantes de Ghouta Oriental, durante a ocupação terrorista, também estiveram em destaque. Bothaina Shaaban afirmou que muitas mulheres sofreram abusos por parte de elementos extremistas e que, actualmente, existem dezenas de crianças sem identidade.
Para lidar com este problema grave e inscrever os menores na escola, o presidente sírio, Bashar al-Assad, decretou a criação de uma comissão, integrada por 11 ministros, revelou Shaaban, acrescentando que «há equipas de especialistas a trabalhar noite e dia com o objectivo de ajudar as pessoas a ultrapassar os momentos difíceis que viveram [em Ghouta]».
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