A iniciativa de dois dias começou ontem, tendo reunido dezenas de representantes dos trabalhadores que, junto da população, partilharam experiências referentes à degradação do serviço e ao aumento de preços desde que a empresa foi privatizada.
Recorde-se que, apesar de não terem cumprido os critérios de qualidade impostos pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), foi permitido aos CTT um aumento médio de 4,5%, que ultrapassa os 5% no caso do correio normal e registado.
O secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN), Vítor Narciso, defende tratar-se de um «problema político». Ao mesmo tempo realça que a administração «está a fazer o que lhe compete, que é uma actividade de gestão, e dá dinheiro aos accionistas».
Num comunicado remetido pelo SNTCT, assinado em conjunto com a Comissão de Trabalhadores e os sindicatos Sindetelco, Sincor e Sinttav, exige-se a reversão imediata da privatização dos CTT. Ao mesmo tempo, sublinham que, «não fosse o esforço dos trabalhadores dos CTT» e o serviço «estaria ainda pior».
«O serviço piorou porque eliminaram postos de trabalho, diminuíram
trabalhadores sem os substituírem, diminuíram a frequência da distribuição domiciliária de correio, eliminaram estações de Correios e, além disso, existem nos CTT cerca de 1000 trabalhadores precários que, como é óbvio, não sabem ou não têm a experiência dos trabalhadores efectivos», lê-se no texto.
Os trabalhadores criticam ainda o Governo e a Anacom, que «deviam zelar pelo cumprimento do contrato de concessão».
Para amanhã, 18 de Abril, está prevista a realização de uma tribuna pública onde serão discutidas futuras acções de luta. A iniciativa decorre após a assembleia-geral dos CTT.
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