Numa pergunta que entregou na Assembleia da República, o deputado ecologista José Luís Ferreira questiona o Ministério da Saúde sobre quais as «medidas urgentes» que «pondera adoptar para que estes resíduos sejam tratados devidamente, dando cumprimento à legislação».
A situação mantém-se desde que foi descoberta, no passado dia 23, e surge no âmbito das obras do novo Centro de Saúde de Nisa, promovidas pela Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, junto do actual centro de saúde e antigo hospital da Misericórdia.
«Os Verdes foram alertados pelos eleitos locais da CDU de Nisa, que através de fotografias que anexamos para conhecimento, demonstram os resíduos hospitalares que estariam enterrados no local, mas que após a intervenção das máquinas encontram-se agora dispersos pela área da obra, meio enterrados e meio a céu aberto», lê-se na pergunta enviada ao Governo.
Reconhecendo que se trata de uma «situação grave de saúde pública e ambiental», reveladora de «um grande incumprimento da legislação portuguesa relativa ao tratamento dos resíduos hospitalares», o PEV admite que a ameaça não paira apenas sobre os trabalhadores da obra, mas sobre «todos quanto possam circular ali perto».
Apesar da descoberta, as obras no local decorrem o que na opinião dos ecologistas revela «alguma negligência» e «um sério risco dos resíduos hospitalares agora detectados serem novamente enterrados, sem que haja o devido encaminhamento e tratamento dos mesmos».
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