Em comunicado, o Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS/FNAM) afirma que o caso não é único e se insere entre outros «casos recentes de violência contra médicos, desta vez, no concelho da Chamusca».
A agressão decorreu ontem, 16 de Maio, durante uma consulta na Extensão de Saúde de Vale de Cavalos, após este médico de família ter recusado o pedido de baixa médica.
No mesmo concelho, na Extensão de Saúde do Chouto, houve um outro caso em que uma médica de família «foi insultada por alguns utentes, tendo, consequentemente, recusado trabalhar naquela unidade de saúde durante algumas semanas», afirma o sindicato.
O SMZS, além de «demonstrar o seu apoio e solidariedade» aos médicos visados, considerando o sucedido como «absolutamente inaceitável», aponta para o crescimento da violência, referindo dados do Observatório Nacional da Violência Contra os Profissionais de Saúde no Local de Trabalho, da Direcção-Geral de Saúde – só nos primeiros nove meses de 2017 foram registados 500 incidentes de violência contra profissionais de saúde.
Uma situação que não está dissociada «à forma como o anterior e o actual Governo e os respectivos Ministérios da Saúde têm vindo a desprestigiar a profissão», acrescenta, exigindo a tomada de medidas imediatas.
«Mais do que o seu consolo [ministro da Saúde], é fundamental e urgente a adopção de medidas que contrariem esta tendência crescente, garantindo a segurança dos médicos no exercício das suas funções, bem como o reconhecimento do estatuto de risco e penosidade acrescida», afirma o SMZS.
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