Falando num almoço que reuniu umas centenas de pessoas na Casa do Campino, em Santarém, Jerónimo de Sousa afirmou que «está na hora» de o Governo avançar com a segunda fase da «prometida valorização das longas carreiras contributivas».
Uma promessa que «leva já seis meses de atraso», lembrou, e considerando ser urgente «garantir o direito à reforma sem penalizações para quem tenha 40 anos de descontos ou mais».
Além das reformas, o secretário-geral do PCP reafirmou a oposição ao acordo de concertação social celebrado pelo Governo com as confederações patronais e a UGT, acusando o PS de «não descolar dos seus compromissos com os interesses do grande capital» e de garantir os «grandes interesses monopolistas que fortificaram ao longo de décadas à sombra da política de direita de governos de PS, PSD e CDS».
«Não basta fazer apelos à subida dos salários, como o fez o PS no seu recente congresso. É preciso que as palavras correspondam aos actos, e as propostas avançadas pelo PS e inscritas no acordo agora subscrito com o grande patronato, mantendo as alterações para pior da legislação de trabalho, são a negação dessas proclamações», acrescentou.
PCP anuncia projectos de lei para 6 de Julho
Sobre este assunto, Jerónimo de Sousa afirmou que o seu partido vai apresentar seis projetos de lei no próximo dia 6 de Julho, «data agendada para o debate do pacote da legislação laboral apresentado pelo Governo para cobrir o seu acordo de concertação».
Esses projetos, afirmou, visam «limitar as possibilidades de contratação a prazo, de trabalho temporário, mas também limitar o despedimento colectivo e por extinção do posto de trabalho, a revogação do despedimento por inadaptação, bem como garantir a reposição das indemnizações por despedimento e do direito a férias na Administração Pública e no sector privado».
Aos militantes presentes no almoço, Jerónimo de Sousa pediu ainda que cada um responda ao apelo lançado na «campanha dos 5000 novos contactos» para «reforçar, renovar e rejuvenescer» o partido, apelando ainda ao reforço do trabalho nas empresas, onde «se dá o confronto com o capital» e onde «muitos trabalhadores ganham consciência social».
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