O rapaz, identificado como Yasser Abu al-Naja, faleceu depois de ser atingido por uma bala na cabeça, disparada por snipers israelitas, junto à vedação que cerca Gaza perto de Khan Yunis.
Muhammad Fawzi Muhammad al-Hamaida, de 24 anos, também não resistiu aos ferimentos, depois de ser atingido por fogo real no estômago e numa perna, quando participava nos protestos desta sexta-feira perto de Rafah, informa a agência Ma'an.
Para além de fogo real, as forças israelitas dispararam granadas de gás lacrimogéneo contra os manifestantes, ferindo 415, segundo referiu Ashraf al-Qudra, do Ministério palestiniano da Saúde em Gaza. Três deles encontram-se em estado grave.
Na sua página de Facebook, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) acrescenta que «os soldados israelitas também dispararam uma bomba de gás lacrimogéneo contra uma ambulância perto dos protestos, a leste da Cidade de Gaza, causando sufocação a três paramédicos que nela seguiam».
Pelo fim do bloqueio, pelo regresso
Desde o início dos protestos da Grande Marcha do Retorno, a 30 de Março deste ano, as tropas israelitas mataram pelo menos 135 palestinianos na Faixa de Gaza. Mais de 14 mil ficaram feridos, em muitos casos ao serem atingidos por balas reais.
Os manifestantes, que participam desarmados nestas mobilizações, exigem o fim do bloqueio à Faixa de Gaza, que dura há mais de uma década e teve graves consequências para a população cercada: elevada taxa desemprego, pobreza, condições de vida paupérrimas.
Exigem também que se cumpra o direito dos palestinianos a retornarem às suas terras, de onde foram expulsos pela limpeza étnica associada à criação do Estado de Israel e que se prolonga até hoje.
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