Dezenas de trabalhadores da empresa Tesco, em Vila Nova de Famalicão, estiveram ontem, dia 20, em protesto contra os vínculos precários que atingem mais de metade dos trabalhadores daquela empresa. A iniciativa integra a Campanha Nacional contra a Precariedade, e contou com a presença de Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN.
Na Tesco, em 2015, dos 354 trabalhadores, 235 tinham vínculo precário, dos quais 171 estavam contratados por empresas de trabalho temporário, denunciou a central sindical.
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (Site-Norte), que promoveu o protesto, insurgiu-se contra esta taxa de 65% de trabalhadores precários, sublinhando que nenhuma empresa pode ter este nível de precariedade. O sindicato denunciou que, já este ano, os níveis de precariedade na Tesco agravaram-se.
Recordando que a resistência da empresa a cumprir a regra de que a um posto de trabalho permanente deve corresponder um contrato de trabalho efectivo, o Site-Norte anunciou que a luta levou já a que um trabalhador da Tesco tenha passado aos quadros da empresa.
O Site-Norte denunciou ainda que os trabalhadores das empresas temporárias não têm salários semelhantes aos da Tesco, o que é manifestamente ilegal.
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