A acção encheu a Praça Rabin, onde terminou a acção que juntou cerca de 30 mil israelitas que responderam ao apela do Alto Comité de Acompanhamento dos Cidadãos Árabes de Israel, «organismo que inclui representantes de todos os partidos e movimentos políticos dos palestinos cidadãos de Israel», informa o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).
Foi o segundo protesto em cerca de uma semana, depois de a comunidade drusa ter realizado um protesto no mesmo local. A lei, de carácter constitucional, visa «garantir o carácter de Israel como Estado nacional dos judeus, para definir na Lei Fundamental os valores de Israel como Estado democrático judaico, no espírito dos princípios da Declaração de Independência», a lei declara que «Israel é a pátria histórica do povo judeu» e que só este tem o «direito exclusivo à autodeterminação».
O presidente do Alto Comité de Acompanhamento dos Cidadãos Árabes de Israel, o antigo deputado Mohammad Barakeh, afirmou que «a lei contém muitos perigos, mas temos grandes esperanças». «Vamos superar o racismo e começar um futuro promissor para os nossos filhos e as nossas casas aqui. Estamos aqui para dizer que não aceitaremos o apartheid. Estamos aqui para dizer que não aceitamos menos do que a igualdade», acrescentou, de acordo com uma nota do MPPM.
A chamada Lei do Estado-nação do povo judeu, promovida pelo governo de Benjamin Netanyahu, apoiado pela direita e extrema-direita israelitas, foi aprovada a 19 de Julho com 62 votos a favor, 55 contra e duas abstenções.
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