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A Arábia Saudita, que lidera uma intensa campanha militar contra o Iémen, impediu que um voo charter das Nações Unidas, com pessoal de uma agência humanitária, pudesse viajar até ao país destruído pela guerra e onde milhões necessitam de ajuda.

Uma epidemia de cólera sem precedentes já provocou mais de 1600 mortos no Iémen. Nações Unidas e Comité Internacional da Cruz Vermelha estimam que haja mais de 300 mil pessoas atingidas pela infecção bacteriana.

A Campanha contra o Comércio de Armas perdeu uma acção no Tribunal Superior britânico contra a exportação de armas do Reino Unido para a Arábia Saudita, alegando que elas têm sido usadas na guerra de agressão ao Iémen, destruindo infra-estruturas e matando civis.

As Nações Unidas estimam que o número de pessoas atingidas pela infecção bacteriana seja superior a 200 mil. Mais de 1300 pessoas morreram desde que, em Abril, o surto de cólera se tornou epidémico no país devastado pela guerra.

A aviação saudita bombardeou um mercado cheio de gente no Noroeste do Iémen, este sábado, matando pelo menos 24 pessoas.

Um relatório conjunto assinado por uma organização de juristas dos EUA e por um grupo de reflexão iemenita afirma que o número de vítimas mortais por ataques com drones pode ser cinco vezes superior aos dados oficiais.

O número de mortos pela epidemia de cólera que atinge o Iémen ascendeu a 859, segundo revelou, este domingo, a Organização Mundial da Saúde (OMS). O número de pessoas contagiadas é superior a 116 mil.

A Organização Mundial de Saúde informou que, em três semanas, 242 pessoas morreram no Iémen infectadas por cólera, e revelou que existem mais 23 500 casos infecciosos confirmados.

Entre 27 de Abril e 13 de Maio, o segundo surto de cólera a afectar o país árabe em menos de um ano provocou 115 mortes, disse, ontem, Dominik Stillhart, da Cruz Vermelha. Na capital do país, Saná, foi declarado o estado de emergência.

Centenas de milhares de iemenitas assinalaram este domingo, em Saná, os dois anos da guerra de agressão saudita contra o seu país, com consequências devastadoras.

O abate de um caça F-16 da Força Aérea da Jordânia, envolvido na guerra de agressão ao Iémen, é uma de várias acções recentes que a resistência iemenita levou a cabo, com sucesso, contra a coligação liderada pela Arábia Saudita.

Dezenas de milhares de pessoas mobilizaram-se ontem, na capital do Iémen, em protesto contra a destrutiva campanha militar que a Arábia Saudita e seus aliados levam a cabo contra o país há quase dois anos.

A guerra de agressão contra o Iémen, liderada pelos sauditas, está a dificultar os esforços de assistência à população infantil do país, que é afligida por má-nutrição aguda e morre de doenças evitáveis.

O Governo do Reino Unido reconheceu, esta segunda-feira, que bombas de fragmentação de fabrico britânico eram usadas na guerra de agressão contra o Iémen pelos sauditas, um aliado a quem os britânicos vendem armas no valor de milhares de milhões de libras.

O Secretário da Defesa do Reino Unido admitiu o envolvimento do país na intervenção militar no Iémen, apoiando estreitamente os sauditas. A coligação liderada pela Arábia Saudita é acusada de cometer atrocidades contra os civis.

Na sequência do ataque norte-americano a três radares móveis na costa do Mar Vermelho, o líder do movimento popular iemenita Ansarullah afirmou, ontem, que os EUA planeiam invadir a província ocidental de Hudaydah.