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Adesão de 90% em greve dos enfermeiros do IPO de Coimbra

Os enfermeiros do Instituto Português de Oncologia de Coimbra cumprem esta sexta-feira um dia de greve, por progressões na carreira para todos, mais pessoal e o cumprimento das normas dos horários.

Edifício do Instituto Português Oncologia de Coimbra
Créditos

Ricardo Dias, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), afirmou ao AbrilAbril que a adesão à greve de hoje, no Instituto Português Oncologia (IPO) de Coimbra, rondou os 90% no turno da manhã, estando a ser assegurados todos os serviços minímos.

Segundo o dirigente, a greve prende-se com «dois motivos fundamentais: a contratação de pessoal, nomeadamente de enfermeiros, que não está a ser feita conforme devida, e o segundo, as progressões nas carreiras».

Em causa está a forma como está a ser feito o descongelamento das progressões na carreira, prevista no Orçamento do Estado, em que o tempo de serviço contabilizado, através do sistema de pontos imposto em 2008, não está a ser cumprido ou está a ser contado de forma irregular. 

«É estranho quanto temos uma lei máxima, de domínio público, que tem de ser obrigatoriamente cumprida, mas, inexplicavelmente, não é cumprida no IPO e em mais alguns hospitais», afirmou.

Ricardo Dias explica que, no IPO de Coimbra, há «cerca de 260 enfermeiros, mas destes, 140 não têm a contabilização correcta dos pontos, que outros têm». Além disso, os enfermeiros com contrato individual de trabalho também não estão incluídos. 

Em nota, o SEP afirma que a administração do IPO de Coimbra tem o poder e a autonomia para decidir a progressão a todos os enfermeiros, independentemente do vínculo contratual, como também a aplicação das regras legais e regulamentares sobre horários de trabalho.

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