Os trabalhadores dos Serviço de Alimentação dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), concessionado à SUCH, cumprem hoje o segundo dia de greve, que foi iniciada ontem, em protesto pelo reforço do pessoal e melhores condições de trabalho, de momento «péssimas», que põem em risco a qualidade do serviço.
A adesão à greve é praticamente total, de acordo com o Sindicato da Hotelaria do Centro (CGTP-IN), que aponta que apenas «os serviços mínimos acordados estão a ser assegurados, um total de 40 trabalhadores, mais chefias, num universo de 160 trabalhadores».
Em declarações aos jornalistas, o dirigente António Baião afirmou que, «ao longo dos anos, a administração tem vindo a reduzir o pessoal e a aumentar os ritmos de trabalho. Antes havia enfermarias com dois trabalhadores e agora só têm um», realçando que são necessários pelo menos 40 para colmatar as falhas.
No que toca às condições de trabalho, «há uma linha vermelha que já foi mais do que ultrapassada», acusou o dirigente, salientando que, diariamente, os trabalhadores correm riscos desnecessários durante o trabalho para assegurar o serviço e que só uma intervenção urgente e de raiz em todas as unidades pode resolver o problema.
Entre os problemas e riscos, é apontado que o espaço de confecção e o pavimento está em muito mau estado, além de não ser antiderrapante; as panelas grande são obsoletas e têm falhas, com líquidos a cair para o chão e queimaduras para quem as manuseia; as câmaras de frio constantemente avariadas e por reparar durante muito tempo.
Além disso, os carros de transporte de comida estão velhos e sem condições, as panelas de transporte de sopa e leites ao doente já não têm as condições mínimas de preservação e as máquinas de louça, além de avariarem muito, quando são colocadas em funcionamento expelem vapores e detergente para o exterior, colocando sérios riscos de saúde para quem as utiliza.
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