Não passou sequer um mês desde a última greve na Valorsul e os trabalhadores voltam a anunciar nova paralisação. Isto porque o que foi estabelecido no Acordo de Empresa (AE) entre a administração e os trabalhadores não está a ser cumprido.
Na reivindicação sobre as 35 horas semanais fica patente a «forma ardilosa de boicotar a negociação», sendo que, após firmado o compromisso de reduzir as horas trabalhadas, foram colocados em causa outros direitos já resguardados anteriormente pelo AE.
Alterações na estrutura dos horários fizeram com que «alguns trabalhadores, apesar da redução para as 35 horas semanais, passassem mais tempo dentro da empresa», declara o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autónomas (SITE-CSRA/CGTP-IN).
Perante a declaração da empresa de que esta não avança em negociações sob um pré-aviso de greve, os trabalhadores partem para a greve mais convictos da luta que ali têm travado, refere a estrutura sindical.
O SITE-CSRA afirma que essa posição da gestão contraria o que foi feito pela mesma durante o ano passado, quando, por via dos pré-avisos e das greves, foi possível construir um entendimento entre as partes e estabelecer um AE.
A Comissão Executiva da Valorsul tem passado por boa negociadora, sempre «disponível para o diálogo», sem nunca mandar um representante com mandato para negociar as matérias pecuniárias que são colocadas em questão pelos trabalhadores.
O sindicato denuncia igualmente que a gestão quer segurar cada «cêntimo para valorizar os salários dos trabalhadores depois de uma distribuição de cerca de seis milhões de euros pelos accionistas».
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