A Comissão Sindical do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN) afirma, em comunicado, ter tido «conhecimento de que a administração da VW Autoeuropa não vai passar a efectivos 55 trabalhadores da área da montagem», lançando «novamente mais trabalhadores no desemprego, num contexto económico e social altamente complexo».
A pretexto da pandemia e de quebras na produção, a administração opta por despedir trabalhadores que, ao fim de três anos de contrato, vêem que o seu esforço e contributo para o sucesso da empresa não é reconhecido pela VW Autoeuropa, denuncia a estrutura sindical, que acusa a empresa de fazer «exactamente o contrário do que tem vindo a afirmar».
A VW Autoeuropa recorreu ao regime de lay-off simplificado, pago com dinheiro da Segurança Social, fruto das contribuições dos trabalhadores, mas em Outubro já despediu 125 trabalhadores das carroçarias, protesta o SITE Sul, lembrando que a empresa «não garante o emprego» e «dá o dito por não dito».
Numa altura que as cargas e ritmos de trabalho se acentuam e há falta de trabalhadores, devido à pandemia e aos despedimentos anteriores, «a administração volta a optar por fazer novos despedimentos e recorrer a trabalhadores temporários, com contratos altamente precários e salários mais baixos», lê-se no documento.
A empresa, frisa o sindicato, «tem todas as condições para passar estes trabalhadores a efectivos e assim garantir o emprego e afirmar a sua responsabilidade social».
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