Em declarações ao periódico Região de Cister, Dina Serrenho, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN), explicou que, «no total de 26 trabalhadores, três deslocados, dois condicionados e um a tempo parcial, há duas dezenas que estão a cumprir greve diária sobre a primeira hora de trabalho, que varia entre as 7h e as 9h».
Os trabalhadores dos CTT exigem a contratação de «mais pessoal», de modo a responder «às exigências da empresa» e ao «padrão de qualidade de trabalho prestado à população», referiu a dirigente sindical, acrescentando que os carteiros se sentem «pressionados» e acusando os CTT de fazerem «ouvidos moucos» às preocupações manifestadas pelos trabalhadores, nomeadamente no que se refere à «insuficiência de pessoal face ao aumento de trabalho».
A última reestruturação dos giros e o facto de haver «mais três voltas com 80 quilómetros cada» levaram ao crescendo do protesto. «É humanamente impossível aguentar os ritmos de trabalho impostos e a sobrecarga de trabalho», disse ao Região de Cister a dirigente sindical, defendendo que, «para garantir os serviços mínimos à população», seriam necessários, pelo menos, mais cinco trabalhadores.
Dina Serrenho estima que «mais de 40 mil correspondências estejam "encaixotadas"», havendo casos de «pessoas que só estão a receber correspondência uma vez por semana». As situações mais preocupantes ocorrem nas nas freguesias de Aljubarrota, Nazaré e Famalicão.
Para os próximos dias 21 e 22, está marcada uma greve geral dos trabalhadores dos CTT, que lutam precisamente pela contratação de mais pessoal. Outras reivindicações são «a reversão da privatização» da empresa, a «defesa dos postos de trabalho» e «melhores condições de trabalho».
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