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Colocação de professores confirma precariedade e falta de profissionais nos quadros

A FENPROF alerta para falta de professores e exige estabilidade do corpo docente através da abertura de mais vagas nos quadros, ao invés de se persistir na colocação de professores contratados.

Acção reivindicativa de professores em defesa da profissão
CréditosAntónio Cotrim / Agência Lusa

Segundo nota da Federação Nacional dos Professores (FENPROF/CGTP-IN), as listas anunciadas provam que os quadros das escolas/agrupamentos estão subdimensionados. Nesse sentido, deve integrar-se um número mais elevado de educadores e professores, «como confirmam as cerca de 13 mil colocações de docentes dos quadros na mesma escola/agrupamento em que estiveram no ano anterior, a que acrescem as quase 2189 renovações de contrato».

A estrutura sindical destaca que, «apesar de se terem vinculado cerca de 8000 docentes ao longo da legislatura», o número de vinculações poderia ter sido o dobro. Tal seria indispensável para dar resposta às necessidades permanentes dos estabelecimentos de ensino.

O que se comprova, segundo a FENPROF, com os números de 2018, ano em que se registaram «cerca de 2600 contratações para horários completos (mais 86,6% em relação ao ano passado)» e mais 40% de renovações de contrato para horários completos.

No comunicado, a Federação afirma ser positivo que «finalmente», e com duas semanas de antecipação relativamente a 2018, o Ministério da Educação tenha divulgado, a 16 de Agosto, as listas de colocação de professores para o ano lectivo de 2019/2020.

Recorde-se que há um ano estas listas foram divulgadas a 30 de Agosto. Não obstante, para a estrutura sindical, a esta antecipação «não é alheio o facto de o ano lectivo abrir em plena campanha eleitoral».

A FENPROF afirma que ainda persiste «incerteza em relação ao futuro que continua a afectar milhares de professores em Portugal», uma vez que com as listas de colocação continuam a estar «de fora cerca de 25 mil docentes candidatos a um contrato».

Os professores voltam a sair à rua no próximo dia 5 de Outubro, Dia Mundial do Professor, numa manifestação nacional convocada para Lisboa sob o lema «Valorizar e rejuvenescer a profissão».

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