A CP e a Fertagus admitem fortes pertubações para amanhã, inclusive que não hajam comboios, tendo em conta os impactos da última greve, onde a circulação ficou reduzida a 25% – montante que correspondia aos serviços mínimos. Desta vez, o tribunal arbitral decidiu não decretar serviços mínimos.
Em comunicado conjunto, divulgado pela Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN), a ampla frente sindical acusa o Governo e a administração de «fugirem à possibilidade de uma solução que evitasse a greve».
Em causa estão as negociações para aumentos salariais, congelados desde 2009, que têm estado bloqueadas. A última tentativa, realizada ontem, esteve perto de um acordo mas falhou quando o documento redigido não correspondia àquilo que foi dito aos sindicatos.
«Fomos confrontados com uma proposta de redacção pouco clara (...), não se assumia sem sombra de dúvidas o valor de 25 euros a transitar para a tabela, nem era garantido a aplicação do futuro acordo coletivo de trabalho aos trabalhadores com vínculos à função pública. Por fim, para compensar a diferença entre propostas, propuseram mais uma dispensa, mas com perda e renumeração, o que neste ponto se tornou inaceitável», afirma o comunicado conjunto.
Além da greve, está prevista uma acção de protesto dos trabalhadores junto à sede da empresa no Pragal, pelas 11h.
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