Segundo o portal estatístico, o número de trabalhadores com contratos temporários aumentou entre 2000 e 2016 e o País tem agora 22,3% da sua população empregada com vínculo temporário, acima da média comunitária de 14,2%.
No Retrato de Portugal na Europa, lançado hoje no âmbito do Dia Europeu das Estatísticas, o Pordata refere que Portugal surge em terceiro lugar, depois da Polónia (27,5%) e de Espanha. Itália, Dinamarca e Alemanha surgem próximos da média da União Europeia (UE).
A Roménia, por sua vez, ocupa o 28.º lugar da lista, com uma percentagem de 1,4% da população empregada vinculada a um contrato de trabalho temporário.
No que se refere a contratos de trabalho a tempo parcial, Portugal ocupa a 16.ª posição na lista dos países da UE, com 11,9% do total da população empregada vinculados a este tipo de contrato.
A média dos países da UE encontra-se nos 20,4%, estando próximos deste valor o Luxemburgo, a Itália e a França, numa lista liderada pelos Países Baixos (50,5%), com a Bulgária em último lugar (2,2%).
Salários mantêm-se baixos
Os dados também referem que a remuneração média dos trabalhadores por conta de outrem aumentou em Portugal na última década, mas permanece abaixo da média dos países da UE.
Segundo o portal estatístico, o poder de compra padrão (PPS) nacional era, em 2016, de 25 881 PPS, com o País a ocupar o 18.º lugar de uma lista liderada pelo Luxemburgo (com 54 547 PPS). A média da UE no ano passado era de 35 754 PPS.
Os últimos lugares da lista são ocupados pela Hungria, a Roménia e a Bulgária, este último com 16 044 PPS.
A PPS, a sigla em inglês de Purshasing Power Standard, é uma moeda fictícia que serve para comparar os níveis de bem-estar e de despesa entre os países, anulando as diferenças dos níveis de preços.
Ao nível do salário mínimo nacional, em 2016 Portugal ocupava o 11.º lugar da lista dos países da UE, com 711 PPS, com o Luxemburgo (com 1615 PPS) e a Bulgária (491 PPS) a apresentarem-se em primeiro e último lugar, respectivamente.
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