Elevada adesão na greve do Centro Hospitalar do Oeste

A adesão à greve iniciada hoje pelos trabalhadores com vínculo precário do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) atingiu os 100% nas unidades das Caldas da Rainha e Peniche e 30% a 40% no Hospital de Torres Vedras.

Auxiliares do Centro Hospitalar de Setúbal em greve ao trabalho extraordinário até ao fim do ano
Há trabalhadores com vínculos precários a trabalhar há quase 20 anos para o Centro Hospitalar do Oeste.Créditosionline

De acordo com os trabalhadores, os efeitos da greve convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro estão a fazer-se sentir em serviços, como as urgências do Hospital das Caldas da Rainha. O serviço contou com apenas dois auxiliares do quadro durante a noite, quando habitualmente funciona com quatro. Esta situação agravou-se com a mudança de turno às 8 horas, com apenas duas auxiliares para assegurar a função de cinco.

A falta de auxiliares está, também nas Caldas da Rainha, a afectar os serviços de obstetrícia e neonatologia, que contam com apenas duas auxiliares para os três serviços. Destas, segundo os trabalhadores, uma foi obrigada a seguir turno, ou seja, a fazer dois turnos seguidos.

«A reposição das 35 horas semanais de trabalho é uma das principais reivindicações dos trabalhadores, que admitem terminar a greve assim que a administração e a Lowmargin assegurem, por escrito, que os trabalhadores deixam de fazer as 40 horas.»

Os trabalhadores que esta manhã se concentraram em frente ao Hospital das Caldas da Rainha reclamam a integração nos quadros do CHO, onde prestam serviços através de uma empresa, a Lowmargin. No entanto, alguns dos 180 funcionários em situação precária prestam serviço nestas unidades hospitalares há quase 20 anos.

A reposição das 35 horas semanais de trabalho é uma das principais reivindicações dos trabalhadores, que admitem terminar a greve assim que a administração e a Lowmargin assegurem, por escrito, que os trabalhadores deixam de fazer as 40 horas.

Os trabalhadores reivindicam também o pagamento dos salários a dia certo e do trabalho extraordinário, o pagamento integral do subsídio de férias e o direito a poderem gozar mais de dez dias de férias seguidos.

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, considerou ontem «lamentável» a situação de precariedade dos 180 trabalhadores do Centro Hospitalar do Oeste e anunciou para Janeiro a passagem da unidade a Entidade Pública Empresarial.

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